Wednesday, November 15, 2006

A variabilidade das definições de "Música"

O conceito de música pode ser familiar a todos os seres humanos, já que estes estabelecem contacto com o mundo que respira, vive e desfruta desta arte. Mas, possivelmente, teríamos dificuldade em encontrar para ela uma definição adequada.

Deste modo, existem algumas definições de o "que é a música" a nível filosófico, racional, como conjunto de sons, experiência subjectiva, previsão, construção social e como fonte histórica:

Vários filósofos e pensadores, ao longo da história, deram diferentes interpretações, devido, precisamente, à sua grande complexidade:

“Arte educativa por excelência; penetra a alma e converte-a em virtude.” – Platão, séc. V a.c. – IV a.c

“Habilidade para examinar a diversidade dos sons através da razão e dos sentidos.” – Boécio, séc.VI

“É a mais nobre das ciências humanas; todos a devem aprender antes das outras. Ocupa o primeiro lugar entre as artes liberais.” – São Tomás, séc. XIII

“Depois da teologia, nenhuma outra arte pode ser comparada à música. É um dom sublime, que Deus nos prosenteou.” – Lutero, séc. XVI

“A música é a arte de combinar os sons de uma maneira agradável ao ouvido.” – J.J. Rousseou, séc XVIII

“A música é uma revelação maior que a ciência ou filosofia.” – Ludwing Van Beethoven sécs. XVIII – XIX

“A música é, em primeiro lugar, a arte da expressão séria e sublime.” – Paul Dukas séc. XIX

“A música, essa linguagem universal maravilhosa, haveria de ser um grande meio de comunicação.” – Pau Casals, séc XX

A definição racional de música:

É a arte de combinar os sons numa sucessão temporal. Segundo o seu valor estético, é culta ou ligeira; segundo o seu conteúdo e a configuração formal pode ser monódica, polifónica, contraponística, homófono-harmónica, pura e/ou programática; segundo os meios que a interpretam, pode ser vocal, instrumental, de câmara, para orquestra, para solistas.

A música como som:

Uma definição comum de música é rotulá-la como simplesmente sons organizados, ou os mesmos mais sofisticados. Um conceito presente na seguinte afirmação: "a brilhante organização de sons e silêncio". Essa definição é notadamente corrente em meados do século XIX em diante, quando se começou a analisar a relação entre som e percepção.

A música como experiência subjectiva:

Outra definição vulgarmente usada para música, define-a como prazerosa ou melodiosa. Esta visão é usada para argumentar que alguns tipos de organizações sonoras, não são música enquanto outros a são.

Desde que a abrangência para o que é aceite como música varie de cultura para cultura e de tempos em tempos, outras versões elaboradas desta definição admitem algum tipo de evolução musical de carácter cultural ou social. Esta definição foi predominante no século XVIII, quando, por exemplo, Mozart preconizou que a "música jamais se deve esquecer, jamais deve deixar de ser música".

A música como previsão:

Não tão comum é a definição cognitiva do que seria "música". Para esta concepção, a música não é meramente som ou a percepção desse som, mas maneiras pelas quais: percepção, acção e memória, são organizadas. Esta definição é influente nas ciências cognitivas, que procuram localizar as regiões do cérebro responsáveis por relembrar e analisar os diferentes aspectos da experiência musical. A definição inclui em si a dança.

A música como construção social:

Teorias pós-modernas concebem que a música, assim como a arte, é definida primeiramente pelo seu contexto social. De acordo com essa visão, a música "é o que as pessoas chamam de música", seja um período de silêncio, algum tipo de som ou sua performance.

A música como fonte histórica:

A música passa a ter um carácter de fonte histórica, quando os compositores transmitem através das letras os seus elogios ou indignações sobre determinados factos históricos.

Por conta desta variedade de definições, o estudo da música é igualmente caracterizado pela diversidade. Estes estudos podem ser do som, da vibração e/ou acústica, do estudo cognitivo da música, da teoria musical, da performance prática, da teoria musical na etnomusicologia, e do estudo da recepção e história da música (a musicologia).

E tu?
Manténs a tua definição de música?
Qual é a definição de música das acima descritas, que mais consideras correcta?

7 comments:

Anonymous said...

Para mim a defenicao continua a msm k dei e concordo com akilo k Beethoven disse k a musica e a maior revelacao de tdas!

****

Mariana | Morning said...

E o stor de AP ainda diz k vocês nao fazem nada.
Raio do velho feio e rugoso.
O vosso trabalho esta cada vez mais interessante... tem aqui pano para mangas de muitas camisolas.

A musica para mim é tudo...
Gosto da frase de S.Tomás.=) É uma ciência nobre, sem duvida... e devíamos todos aprende-la 1º k as outras línguas pk é universal.

Como amo música,

Beijos da Morning


Good Luck!

Mariana | Morning said...

E os flautistas nao prestam! xP
Principlamente um Tal de Hugo Resi...
xD

Mariana | Morning said...

ups...reis

Anonymous said...

Ah inveja faz tão mal! deixa as pessoal analfabetas, a escrever os sobrenomes das pessoas mal...que tristeza...

Anonymous said...

Não discutam,crianças! O melhor instrumento do mundo...é o amor.


(BIG LOL)

Anonymous said...

necessario verificar:)